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Aula de filosofia para crianças?
Segundo a neurocientista brasileira Suzana Herculano-Houzel, o cérebro infantil é menor e mais leve do que o cérebro de um adulto porque ele é um órgão que não nasce pronto. É durante os primeiros anos de vida que acontece a maturação das conexões entre os neurônios. Gradualmente a massa encefálica aumenta e fica mais densa. É também durante este período que as crianças tem uma capacidade de aprendizado impressionante e desenvolvem inúmeras habilidades.
Assim, achei muito interessante um artigo que li sobre aulas de filosofia para crianças. Os defensores da ideia acreditam que instigar as crianças a refletir sobre conceitos como verdade, liberdade e amizade, contribui positivamente para o desenvolvimento do raciocínio. Me parece fazer todo o sentido. Uma criança com pensamento crítico, articulada, capaz de ouvir e também defender de forma respeitosa uma ideia, tem tudo para se tornar um adulto saudável.
O dicionário das crianças
Quem tem a felicidade de conviver com crianças, sabe que elas não cansam de nos surpreender. Espontaneidade é a primeira palavra que me vem à cabeça quando penso nelas. Mas não a única. Normalmente são bastante curiosas, tem sede de aprender sobre tudo e sobre todos, além de possuir uma lógica toda especial. Uma delícia, enfim!
E mais, quem tem a felicidade de conviver com crianças com certeza coleciona as pérolas que elas produzem. Uma amostra destas pérolas foi documentada por um ex-professor rural colombiano, Javier Naranjo, através da publicação do livro “Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças”. Segundo artigo publicado pela BBC, o livro fez o maior sucesso na Feira Internacional do Livro de Bogotá que aconteceu em abril de 2013.
Olha só esta pequena amostra do dicionário das crianças colombianas:
- Adulto: Pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma (Andrés Felipe Bedoya, 8 anos)
- Deus: É o amor com cabelo grande e poderes (Ana Milena Hurtado, 5 anos)
- Mãe: Mãe entende e depois vai dormir (Juan Alzate, 6 anos)
- Violência: Parte ruim da paz (Sara Martínez, 7 anos)
- Tempo: Coisa que passa para lembrar (Jorge Armando, 8 anos)
Não são mesmo incríveis estas nossas crianças?
Boa semana!
