Sou louca por cinema, como grande parte dos brasileiros. Em São Paulo, minha cidade natal, ir ao cinema é um dos programas mais concorridos. Segundo o site Visite São Paulo a cidade possui 282 salas de cinema. Mas ainda assim, principalmente aos finais de semana, é praticamente impossível ir ao cinema sem enfrentar as famosas filas.
São Paulo tem salas de cinema para todos os gostos. Por exemplo, salas especializadas em determinados tipos de filme: os de arte, os de produção independente, os filmes comerciais etc.
E mais. Segundo a Revista Veja, São Paulo é a cidade com mais salas de cinema luxuosas no Brasil. São as chamadas salas VIP. Normalmente localizadas dentro dos shopping centers, essas salas oferecem poltronas mais largas – mais espaçadas e quase cem por cento reclináveis, serviço de garçom, cardápios diferenciados – frutas secas, queijos, quiches, vinhos, além de pipocas regadas a azeites importados.
Mas se pagar mais para assistir um filme na sala VIP não é sua prioridade, as outras salas de cinema não deixam nada a desejar. Se você é um cinéfilo, aproveite as salas de cinema de São Paulo.
O cinema nacional
Ainda que o brasileiro seja fã de cinema, a indústria cinematográfica brasileira ainda está na luta. Tivemos fases de repercussão internacional como na época do Cinema Novo, mas ainda hoje o filme estrangeiro leva mais gente às salas de cinema. Ainda assim, felizmente, algumas produções brasileiras têm se sobressaído nos últimos anos.
Destaques do cinema nacional
O Quatrilho 1996 – Concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro
Sinopse: Em 1910, numa comunidade rural no Rio Grande do Sul habitada por imigrantes italianos, dois casais muito amigos se unem sob o teto de uma mesma casa. O tempo faz com que a esposa de um marido se interesse pelo marido da outra. Ambos decidem fugir e recomeçar nova vida, deixando para trás seus parceiros.
O que é isso, companheiro? 1998 – Concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro
Sinopse: O enredo conta a história verídica do sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick. O sequestro ocorreu em setembro de 1969 e foi feito por integrantes dos grupos guerrilheiros de esquerda MR-8 e Ação Libertadora Nacional, que lutavam contra a ditadura militar instalada no país em 1964 e pretendiam trocar o embaixador por companheiros presos.
Central do Brasil 1999 – Fernanda Montenegro concorreu ao Oscar de Melhor Atriz
Sinopse: Dora é uma mulher que trabalha na estação Central do Brasil escrevendo cartas para pessoas analfabetas; uma de suas clientes, Ana aparece com o filho Josué pedindo que escrevesse uma carta para o seu marido dizendo que Josué quer visitá-lo um dia. Saindo da estação, Ana morre atropelada por um ônibus e Josué, de apenas 9 anos e sem ter para onde ir, se vê forçado a morar na estação. Com pena do garoto, Dora decide ajudá-lo e levá-lo até seu pai que mora no sertão nordestino. No meio desta viagem pelo Brasil eles encontram obstáculos e descobertas enquanto o filme revela como é a vida de pessoas que migram pelo país na tentativa de conseguir melhor qualidade de vida ou poder reaver seus parentes deixados para trás.
Que horas ela volta? 2016 – Filme escolhido pelo Ministério da Cultura para representar o Brasil na disputa pelo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro
Sinopse: A pernambucana Val se mudou para São Paulo a fim de dar melhores condições de vida para sua filha Jéssica. Com muito receio, ela deixou a menina no interior de Pernambuco para ser babá de Fabinho, morando integralmente na casa de seus patrões. Treze anos depois, quando o menino vai prestar vestibular, Jéssica lhe telefona, pedindo ajuda para ir à São Paulo, no intuito de prestar a mesma prova. Os chefes de Val recebem a menina de braços abertos, só que quando ela deixa de seguir certo protocolo, circulando livremente, como não deveria, a situação se complica.
Tive a felicidade de assistir em Vancouver, pois esse filme participou do VIFF – Vancouver International Film Festival